MELO D

Nascido em Angola e criado em Portugal, Melo D despertou para a música na década de 80, em 1984, ao assistir à estreia dos primeiros filmes sobre o break dance.

As primeiras gravações datam do extinto programa musical Pop Off, em 1991, na altura integrando o projecto The New Decade da Amadora. No entanto, seria enquanto membro dos The Family que viria a gravar em 1994 dois temas na primeira compilação de hip-hop português, Rapública.

Entre 1994 e 2000 integra a banda Cool Hipnoise, com quem gravaria “Nascer do soul”, em 1994, e o aclamado “Missão Groove” vencedor do melhor disco de música portuguesa nos extintos prémios Blitz em 1997.

Em 2003 grava o disco “Outro Universo”, com o qual recebe as melhores críticas e destaques na imprensa especializada, chegando a ser capa e eleito disco do ano pela revista IpsÍlon do jornal Público.

Em 2005 é editado “Chega de Saudade”.

Entre 2005 e 2011 estuda em Barcelona produção de música eletrónica na escola de engenharia de som SaeInstitute, e estagia no estúdio do dj/produtor e seu professor Alex Brinken, de quem se tornou amigo e com quem partilha o projecto J.A.M.

2010, Ano de lançamento dos J.A.M., projecto de música eletrónica que conta já com temas editados pela editora de Barcelona ”Novo Music” e um tema recentemente editado pela sueca Kant Recordings com remisturas de Soul Minority, Himan e HakanLidbo.

2013 é o ano em que Melo D termina o 6 month full time guitar course em Londres na London Music School.

Em 2016 grava o disco “Sou(l) de Lisboa”.

Em dezembro de 2021 grava “Requiem”.

Em Março de 2023 grava o disco “As aventuras de El Sombra” do seu alter ego El Sombra, o cara podre.

O DJ / CANTOR DE SOUNDSYSTEM

Dono de uma voz versátil, desde a alvorada do século XXI que Melo D desenvolve actividade como DJ e como vocalista convidado de vários projectos que integram o circuito da música urbana de raíz negra feita em Portugal. Colaborou com vários soundsystems em diversos géneros: no reaggae com Mercado Negro, ou no hip-hop soul com o colectivo Soul Movement, na área do drum´n´bass com os Cool Train Crew ou ainda na música africana com o Meu Kamba Som Sistema. Trabalhou com DJ´s como Rui Murka, Dj Nelassasin, DJ kwan, Spaceboys, Dj Johnny, Rocky Marciano...

Como DJ e vocalista são poucos os lugares por onde não passou, do Tamariz, ao Musicbox, Plano B, Clube Ferroviário, Bicaense, Lux, Time Out Market, Mercado de Campo de Ourique, Gelato, Café au Lait, O Marmorista, Pensão Amor, O Bom o Mau e o Vilão, ou o Hard club.

DISCOGRAFIA

1994 TheFamily “Rapública”

1995 Cool Hipnoise “Nascer do soul”

1997 Cool Hipnoise “Missão Groove”

2003 Melo D “Outro Universo”

2005 Melo D “Chega de Saudade”

2016 Melo D “Sou(l) de Lisboa”

2021 Melo D “Requiem”

2023 El Sombra, o cara podre “As aventuras de El Sombra”

PARTICIPAÇÕES

- CD Colectânea (1994) “Rapública”

- EP “MDG EP” (1995) Mind da Gap

- CD “Kanimanbo” (1997) General D

- CD “Kom-Tratake” (1997) Líderes da Nova Mensagem

- Mixtape ”Reencontro do Vinil" (1997) DJ Bomberjack

- Mixtape “Gheto Talk Part. 2“ (Fevereiro/2000) DJ Bomberjack

- CD “Colisão Ibérica” (Fevereiro/2000) DJ Bomberjack

- CD “A Verdade” (Abril/2000) Mind da Gap

- CD “Jackpot 2000” (Abril/2000) DJ Bomberjack

- CD “Bomba Relógio” (2002) DJ Bomberjack

- CD “Filho da Selva” (Agosto/2003) D-Mars

- CD “Ninguém Faz Filmes de Olhos Abertos” (2004) Yellow W Van

- CD “Strategies Of Survival 2" (Julho/2004) U-Uik Project

- CD Colectânea “NaçãoHip-HOP 2005”

- CD Colectânea “Amália Revisited” (Fevereiro/2005)

- CD Colectânea “Revistados 26-06 GNR” (Março/2006)

- CD Colectânea “Composto de Mudança” (Agosto/2005)

- CD “A Vida na Ponta dos Dedos” (Dezembro/2006) Sr. Alfaiate

- CD “Praticamente” (Dezembro/2006) Sam the Kid

- CD “Balancê” (2007) Sara Tavares

- Vinil “Still Trying” (2008) (Groovement Records) KASPAR

- J.A.M Project (2011) “Kant Recordings” Sweden

- CD “T(h)ree Music from Filipines and Portugal” (Abril/2012) Melo d and filipino band Harigato, Hato.

- CD “Menino de Ouro” (2017) TNT

- CD “ Good Company” (2022) Da Chick

OUTROS PROJECTOS

- Participação na peça “I Have a Dream” de Tiago Justino (Setembro 1997)

- Em 2008 foi convidado a trabalhar a banda sonora do filme “A Regra” de Joaquim Sapinho, com quem já havia colaborado no filme premiado “Corte de Cabelo”

- Em 2021 é responsável pela banda sonora da curta metragem “Já te disse que te amo” da autoria de Ciomara Morais.

OUTRO UNIVERSO

2003 – LoopRecordings

O primeiro disco a solo de Melo D. Gravado dois anos após ter saído dos CoolHipnoise, com o selo da independente LoopRecordings, este disco é descrito pelo autor como sendo o seu mais completo longa duração.
Um disco à flor da pele, onde o artista se expõe e expõe o seu universo musical e pessoal, homenageando os seus heróis (os tais do outro universo) através de um intenso processo de sampling, recorrendo apenas a um sampler Akai Mpc 2000, que envolveu 4 meses de trabalho minucioso, e contou com a colaboração na produção de D-Marsaka Rocky Marciano.
Não poderiam faltar os convidados de peso como Sagaz o Demolidor, Filipe Larsen, João Gomes dos CoolHipnoise, Luís Fagulha, ou Double V. dos TheFamily. O resultado é uma homenagem sentida à música e aos músicos do “outro Universo”.

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CHEGA DE SAUDADE

2005 – Dikanza/Enchufada

Neste trabalho, uma produção conjunta com a editora Enchufada, resultado de meia dúzia de ensaios com a sua GoodVibesBand, à qual se juntaram convidados de peso como Carlos Barreto no contrabaixo, ou N´dú na bateria, e alguns dos rappers mais significativos como Sam the Kid, Xeg, Kallaf, Tony Dread... A saudade é motivo para experimentar a criação de canções pouco saudosas, solarengas. Segundo Melo D, este é um disco ensombrado pela bossa nova. Um evidente desejo de criar soul à la portuguesa, procurando um som agradável e pairante procurando resgatar o formato canção, sem contudo, esquecer a experimentação.

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SOU(L) DE LISBOA

2016 – Planobau

Ao terceiro disco, Melo D convidou um grupo de músicos (quase todos do Norte) para criar o seu Sou(l) de Lisboa. Faz sentido? Melo julgou que sim e arriscou. Não há convidados para além dos músicos, ou produção musical assinalável, nem era o pretendido. Existe sim o som cru, gravado aos primeiros takes. O que mais interessou a Melo D foi a experiência imediata desta colaboração. Continua patente a aposta em percorrer os caminhos da música afro-americana e a procura de um som com características lusófonas, dois aspectos fundamentais do universo musical de Melo D.

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REQUIEM

2021 – Planobau

Requiem é o quarto disco de originais de Melo D. Um disco marcado pela morte de um filho e pelo nascimento de outro. É, portanto, um disco de vida e morte, e reflecte a forma como Melo lidou com estes dois acontecimentos marcantes, recorrendo à criação solitária no seu mini-estúdio. Estes dois acontecimentos resultaram num conjunto de canções em que a introspeção, a solidão, o vazio, a experiência de perda, convivem com outras canções em que é manifesta a vontade de seguir em frente, fazer o luto, e celebrar a vida.

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